terça-feira, outubro 24, 2006

Friends

segunda-feira, julho 10, 2006

Sonhar!

Sonhar!!
Sonhar alto, muito alto!
E mesmo que saiba que a queda é o destino mais certo,
vale sempre a pena sonhar.
Tal como uma paraquedista...
Quando se lança num salto, vive por momentos o prazer de voar,
Da liberdade...
Mesmo que seja efémero, mesmo que a queda seja certa...
Ele saltará vezes sem conta.
O que importa é cair sempre de pé...

sexta-feira, julho 07, 2006

O vida num jogo!

O jogo da vida

E porque no jogo da vida é sempre preciso perder para ganhar...

Perder um instante... Para ganhar o momento seguinte...
Perder um sorriso... Para ganhar um abraço...
Perder um pouco de nós... Para ganhar muito dos outros...
Perder o medo... Para ganhar coragem...
Perder uma batalha... Para ganhar a guerra...
Perder a juventude... Para ganhar sabedoria...
Perder um amigo... Para ganhar uma paixão...
Perder a noite... Para ganhar o dia...
Perder a ilusão... Para ganhar a realidade...
...
Perder a vida... Para ganhar a eternidade...

Por isso não chores pelo que perdeste, mas sorri sempre pelo que ganhas

sexta-feira, maio 26, 2006

Porque faço parte de ti mãe


Impotente...

se ao menos te puder comtemplar sempre!

sexta-feira, abril 07, 2006

Nozes em falta





Dá Deus nozes a quem não tem dentes.

E estou eu cá, cheia de dentes para morder e nada para morder!!!

sábado, abril 01, 2006

Viena em 1 de Abril

Podia ser uma partida mas não é.
Aqui os cães parecem ser mesmo bem educados.
Não são só as pessoas.
Existe muito civismo aqui.
E organização.
E naturalmente até os cães quase não ladram em Viena!

E mais, há caixotes de lixo só para os dejectos deles.
E é considerado muito mal-educado por a mão num cão doutra pessoa.

Quase todo o austríaco têm um animal de estimação, em geral quase sempre um cãe.
O espaço reservado na prateleira dos supermercados à comida para animais é incrível!
É mesmo grande!
E todos os dias vejo quase todos os austríacos a levar além da comida sempre aqueles floquinhos pos cães.

Não há dúvida!
Vive-se bem em Viena.
E até com vida de cão!!

quarta-feira, janeiro 04, 2006

Arco
E retiro para o arco, no qual me sento
Só, a sós com o silêncio belo da natureza
A solidão que me arrasta para aqui, para este local de culto e paz
E nele choro as lágrimas de mel que derramo por um sonho que foge

Persistente a chuva que cai, e molha de verde húmido a paisagem de carvalhos velhos
As folhagens flamejantes a cintilar em sintonia com aquilo que sonho
Com os meus olhos fechados...
Com as minhas mãos a desejar um amor que não existe...

E debruço-me deixando cair ao rio as lágrimas que aqui passam....

terça-feira, dezembro 27, 2005

Belo local para um refúgio

quinta-feira, novembro 10, 2005

Orgasmo

O silêncio reina....Todos dormem.......

Acordem! A vida está de volta.

quinta-feira, outubro 06, 2005

Imagens! Precisam-se!

Sinto-me vazio....


Por-do-sol melancolico em Marte

Tenho saudades
Estou numa seca apesar de muita chuva
Onde estas saturnina? Grito.

O que é aquele outro?
Alguem mais para me enganar?

Sabes ser puro?
sabes o que é a cor vermelha?
E a verde? A azul?

Grito outra vez.
Nauseas de te ter em falta.

Repensar o pensar. O futuro. O desfuturo e o desfruto. O fruto e os frutos.
Da epoca. De aquario.

De cultivar a sabedoria e a liberdade. O amor e o caracter. O sonho e a paleta de cores.

Vamos pintar um bocadinho meu amorzinho?
Ainda somos tao pequeninhos!
Sabes repensar a cor vermelha com responsabilidade?

Porque é que nao pedes um pouco menos?
A INSUSTENTAVEL leveza do sonhar

Tenho saudades vossas repito, tenho saudades nossas repito, tenho saudades vossas repito, tenho saudades nossas repito
So desejo por a hora do costume

segunda-feira, setembro 26, 2005

As palavras sabem tão a pouco, repetimos
São doces mas não mo digas por palavras
Eu vou lê-las no teu sorriso enigmático
Mergulhar dentro do caleidoscópio mágico dos teus olhos
Onde os vultos misteriosos dos nossos pedacinhos segredam
As palavras enrolam-se
As palavras enrolam-se

Eu quero trincar nos teus espinhos e saborearmos tudo
Tocar no absoluto e aparvalharmo-nos de contemplação
De sôfregas lágrimas que se vertem
Do sôfrego tocar de novo na nudez da alma
Exposeste-me as feridas profundas e eu agradeco-te
Sinceramente
Quero que o faças de novo
Deixo-te que me dês tudo

Tocar no absoluto e aparvalharmo-nos de contemplação

sexta-feira, setembro 23, 2005

"Guns and Roses"

Pode parecer, mas não se está a falar de um grupo musical, eu quero falar é de PALAVRAS. Pois é, elas são ROSAS, elas são ARMAS.
Um feliz paradoxo que coloca nos nossos lábios um poder absurdo, que na maior parte das vezes não sabemos controlar. Queremos dar rosa, mas esquecemo-nos que os espinhos também ferem. Queremos magoar e o punhal é de dois gumes, fére-nos a nós também. É como diz o poeta "as palavras ferem como punhais" (Eugénio de Andrade), mas também há quem diga "palavras, levas o vento", pois é, em que ficamos!!!
Na dúvida, diz me tudo o que quiseres... mas não mo digas por palavras.

quinta-feira, setembro 22, 2005

Acho que há gente a mais no nosso planeta.
O Gilberto passou por mim hoje.
E ela apertou ainda mais a mama.
Estava negra já.
A cor da camisola estava azul.
Mais.
Manchava-se de vinho tinto e de recordações antigas.
O que era aquilo que ela fez?
A foz do rio continua invertida.
É a Rita.
É a Rita, dizíamos todos.
O extintor doía-me.
Não gosto de escadas mas gosto de te segredar corpo acima.
Queimam-se. Mutuamente.

É sempre estranho quando alguém nos visita em surpresa
É sempre bom encontrar os tigres juntos com o dragão
Como dizer isto sem ser lamechas
Os pelicanos voam alto hoje
É já ao final da tarde, a entrada
Tens que ir com calma
Tens que a fazer ganhar confiança
É já no próximo dia 3
Inverti-te?
Enventei?
Inveredar por caminhos novos
Adoro segredar-te.
Here is you ear during this year
A pureza da montanha
Podias ser tu a lua e eu seria um gato a miar por ti numa noite mágica
Ofereço-te isso
Acredito apenas nisso
Em que dia o dia é noite?
Por favor não me deixes

quarta-feira, setembro 21, 2005

Candidatura a bolsa de socioacompanhamento

Exmo. Senhor

No âmbito do concurso de Lua cheia/2005 as candidaturas à bolsa de investigação do IQQT foram analisadas por painel de avaliação, constituido por peritas da respectiva área científica, que classificaram o mérito do candidato na respectivas condições de acolhemimento deste instituto.

No caso da sua candidatura, a pontuação atribuida pelo painel de avaliação, teve por base os elementos apresentados no seu processo de candidatura e durante a entrevista, conduziu a uma classificação que, na seriação final implicou a aprovação do candidato à referida bolsa. É nossa opinião que o Dr. frutos contribuirá com a sua preparação em bio-ritmos para o desenvolvimento e excelência do projecto aqui implicado. O candidato em causa apresenta uma enorme facilidade de torneamento de língua bem como de ritmo, o que atesta um grau de conhecimento geral na área de socioacompanhamento, apresentando sempre ao longo de toda a entrevista uma excelente maturidade intelectual e moral.

O Exmo. Dr. Frutos deverá contactar de imediato o orientador do respectivo projecto.


Com os melhores cumprimentos,

Dra. Geneciónica Sadomasiónica

sexta-feira, setembro 16, 2005

Caro Dr. Frutos Silvestres,


Em virtude da sua candidatura à bolsa de acompanhamento referente ao projecto " Contribuição para a socialização das Figuras Geniceónicas na resposta sexóloga inata" (Ref. POCI/SAU-IMI/56501/04) do IQTT vimos por este meio informar-lhe que foi seleccionado para uma entrevista a realizar na próxima noite de lua cheia. Na entrevista será exigido ao candidato apresentação das competências referidas na carta de motivação e CV, sendo o torneamento da entrevista realizado nos idiomas salientados, o candidato será avaliado a nível teórico e prático.
Aguardo confirmação do estado de disponibilidade do candidato para entrevista.

Com os melhores cumprimentos,

Dra. Geneciónica Sadomasiónica

"no Universo tudo funciona em rítmos de vai-e-vem, num místico pulsar de convergências e divergências."

Congruentemente com a coorência emocional que esta vida e este dia mais em particular requer colocarei aqui a minha mão amiga ao vosso dispor caso requisitem ajuda no vosso projecto.
Naturalmente tendo tido licenciatura em devaneios socio-deprimentes e mestrado em esperança-po-futuro, e dado que estou agora a iniciar uma bolsa de doutoramento em como saber oferecer a minha alma a outrém, e como tal comprometido a um projecto por 4 anos, irei apenas prestar meus parcos conhecimentos a vossas excelências caso o desejem dispor.

As teses anteriores que desenvolvi não me levaram a concluir muito (se é que nada!) acerca do fantástico mundo da relacionalogia. Quanto a campos mais sexuais, aqueles que me conhecem sabem que sacralizo em secretitude os meus planos experimentais porque juro ter assinado um contrato de confidencialidade quando iniciei a bolsa. Sabem ser adepto da condimentação emocional quando a cromatografia racional não funciona, visto que as diversas culturas celulares não me instinguiram qualquer prazer quando as pensava. Sim, porque feliz é aquele que apenas sente.
Sentem-se então aqui e divirtam-se. É o máximo que posso desejar a todos os iniciantes em projectos destas áreas amoroso-sensuais.

http://website.lineone.net/~ian_heath2/

Viana do Castelo, 16 de Setembro 2005

Assunto: Candidatura a Bolsa de Acompanhamento
Ref. Nº: 029/BI/2005
------------------------------------------------------------------------------------------------
Cara Prof. Dra. Geneciónica,

Venho por este meio candidatar-me à Bolsa de Acompanhamento referente ao projecto "Contribuição para Socialização das Figuras Geniceónicas na resposta sexóloga inata" (Ref. POCI/SAU-IMI/56501/04) da Fundação dos Direitos das Geniceónicas, no Instituto Quatro Tristes Tigres. Eu sou licenciado em Técnicas de Socialização Sexualmente Dirigidas, pela Universidade de Pisa e obtive Mestrado em Aprefeiçoamento de Bio-Ritmos pela Universidade de Xangai ("onde o mar vem e vai").

Penso ter todos os requesitos necessários a uma boa realização do trabalho, assim como a motivação necessária. Apesar de nunca ter trabalhado directamente com transferência de pólen, especializei-me em temas análogos e convergentes. Durante o Mestrado desenvolvi a tese "Bio-Ritmo e Fase Lunar: o movimento rítmico dos padrões naturais". Além disso, durante a licenciatura, trabalhamos de forma extensa em laboratório em temas de transferência de vários fluídos, em disciplinas como Laboratório de Física Corporal, Análises Químicas de Fluídos Induzidos ou Técnicas Laboratoriais de Transferências Seminais. A minha média de licenciatura ultrapassa largamente o pedido na candidatura (remeter para foto em CV) e possuo alguns conhecimentos em torneamento das línguas portuguesa, italiana e chinesa.

Como pretendo seguir a área de transferências rítmicas agradou-me à partida este projecto, uma vez que a área da transferência polínica (ainda mais em Geniceónicas) permite obter insights importantes quanto ao nível de socialização das espécies, assim como as suas respostas sexólogas inatas. Sempre me interessaram os temas de pulsações rítmicas e sempre me intrigaram problemas de transferências polínicas e outras, assim como o agravamento da socialização humana. Acredito, como o Dr. Pires da Universidade de Pisa (que penso, aliás, também colabora com o seu Instituto) comentava nas suas aulas, que no Universo tudo funciona em rítmos de vai-e-vem, num místico pulsar de convergências e divergências.

Espero que tenha dado assim uma ideia da minha preparação e motivação para o trabalho proposto. Em anexo envio o meu Curriculum Vitae detalhado e duas cartas de referência: da Dra. Felícia Palato do Departamento de Sociabilização Amorosa da Universidade de Pisa, Itália; e da Dra. XiXi Num-Cai, conhecida especialista em Bio-Ritmos e Fases Lunares, do Departamento de Mística Terrestre Aplicada da Universidade de Xangai, China. Estou à sua disposição para qualquer esclarecimento adicional ou uma eventual entrevista.

Sem mais de momento, permita-me enviar-lhe saudações geniceónicas.
Atenciosamente,

Frutos Silvestres

P.S.: Anexos seguem em posts posteriores...

quinta-feira, setembro 15, 2005

Oportunidade de emprego

Instituto Quatro Tristes Tigres, IQTT


1. Dados gerais
--------------------------

Posiçao ou Cargo: Bolseiro de Acompanhamento

Referência: 029/BI/2005

Área Científica Genérica: Sociocompanhia

Descrição da posição:

Anúncio Bolsa BI

Encontra-se aberta a candidatura a uma bolsa de investigação no âmbito do projecto "Contribuição para Socialização das Figuras Geniceónicas na resposta sexóloga inata" (Ref. POCI/SAU-IMI/56501/04 da Fundação dos Direitos das Geniceónicas.

Este projecto tem como objectivo a purificação das almas resignadas ao prazer da polinização de modo a puderem ser usados na produção de Sementes. O candidato também estará envolvida na geração de uma nova planta.


Oferece-se:

Bolsa mensal de acordo com os montantes em vigor;
Contracto de seis meses com possibilidade de renovação dependendo do desempenho;
Perspectiva de transporte do seu pólen até à parte geniceónica;
Entrada imediata desde que cumpra todos os actos relativos ao tubo polínico bem como à fase da lua.

Pré-Requisitos:

Recém-licenciados em transferência de pólen ou áreas afins.
Média de licenciatura: Igual ao superior a 30 cm
Regime de dedicação exclusiva

Conhecimentos de torneamento de língua

Preferência a candidatos com experência em polinização.

Envio de respostas com carta de motivação, CV e contactos de duas geniceónicas que tenham usufruído do tubo polínico para:

Instituto Quatro Tristes Tigres, IQTT
Recursos Humanos
Ao cuidado de Professora Doutora Geneciónica
Apartado 69
Jardim do Éden

terça-feira, setembro 06, 2005

O silêncio e o acordar
Uma longa noite de sono
Obrigado
Nós voltámos já
Ao reino das borboletas
Dos relógios trocados
E da loucura estridente

Onde andas tu?
O pobre triste caminha triste e só
O pobre triste está apaixonado
O pobre triste são quatro
O pobre está em todo o lado no país!

As químicas acordam
As químicas desconfiam
Desconfiam
Um jogo de cartas, um lembrança duma fogueira que não se quer extinta
Como irmãos continuemos a jogar o jogo mal-jogado
Pois sempre tinha sido este o lema
Interlúdio poético
Acto IX, cena VI começa!

terça-feira, julho 05, 2005

Incerteza
Dúvida
São milhares de coisas, milhares de escolhas possíveis.
Visualizar intermináveis anos-luz de luz e escuridão.
E centenas de faces amigas.
Será que são elas todas?

Como beber um copo de álcool nefasto (inegavelmente prejudicial)
Embriegarmo-nos todos em comida
Ceia de químicos e aditivos desnecessários...
Um perdão do G8. Bom.
Globalização, que futuro?
Incerteza.
Perdido.
Ou encontrado.
Ou não.

Ouvir uma melodia de música bela
falar sobre Deus (sem certeza de ter algum resultado)
E não vais ter.
Não vandalizarás: praias onde centenas de turistas procuram repouso.

Unes os teus amigos e tocas guitarra (desajeitadamente) com eles
Deixas de ser tu (temporiamente)
Escrevo e arrependo-me.
Vejo este, vejo aquele. Vejo esta e aquela.
Amor, que amor?
Conversas de café, trabalho ou dormir?
Ver as estrelas, somente...
Incerteza
Dúvida
Muito...
Aqui, outra vez

quarta-feira, junho 22, 2005

Beija-me !!!! – e não se está a falar de Almodóvar

Uma platéia lotada e ansiosa....
De repente, ouve-se o terceiro e último sinal. E logo após, um corpo oferece os seus braços para serem atados, e assim sendo um emaranhado de cordas toma conta do palco.

Concebeu-se assim a ideia o "Correntes e a Liberdade sexual"

O acto é inspirado no "que fazes para além do que fazes?", prática sexual com cordas cujas técnicas foram estudadas, pelas impacientes personagens, para a elaboração e execução da performance. A técnica ensinada permite o controle do prazer, do movimento e até mesmo da dor.

A ideia é conceber uma metáfora do desejo, do fetiche, através do entrelaçar das cordas. As amarras têm o poder de prender e libertar e é a isso que o título se refere.

Anteriormente: "Ideia/ Revelação /Espaço/ Corpos/ Válvula tricúspide/ Incontinência/ Orgasmo/ Equilibrio / Ser criança"

Desta forma, movimentos delicados e violentos são intercalados e postos em sintonia com os efémeros sons do prazer "Uh! Ai, Ai, Ai, Ui! Ah! UUU! , que permeia todo o espetáculo com uma presença marcante.

O figurino traça o contorno dos corpos de forma a evidenciá-los, como numa grande simulação de actos sexuais e envolvimento amoroso.

"É impossível que estejam possessos"

No segundo acto, os laços do desejo são substituídos por uma caixa de alumínio, de cor vermelha nas arestas e com os lados transparentes, reproduzindo vitrines, onde prostitutas exibem as mamas, as pernas e tudo mais….para os eternos clientes em Amesterdão. Eles simbolizam o desejo não realizado, a pessoa que está ali, mas não pode ser alcançada.


"Apareceu apenas três vezes na História...
A primeira, em Ludón (França), no século XVI. Quase todas as freiras de um convento ficaram possuídas por uma multidão de diabos, que as atormentavam em orgias sem cessar. A segunda, foi nos anos 50, em itália numa virgem que se intitulava como Maria.

E agora, voltou a aparecer."

O clima de sedução continua e o lirismo, que se alterna com movimentos bruscos, também.

Na lateral, a pia de água benta com uma inscrição: "A água benta afasta a tentação do demónio".


Por fim o corte, o corte do cabelo, o corte no amaranhado de tudo aquilo que se é e daquilo que não se deve ser.

Toda essa combinação é finalizada com uma platéia aplaudindo de pé, "numa centrifugação de massas" num êxtase completo que parece corresponder à ansiedade inicial.

O culto a daimónion.

segunda-feira, junho 13, 2005

- Bom dia Serpente! Que belo dia!
- Um belo dia para comer uma maçã, isso sim!
- Achas mesmo, sua marota!...Eu agora não caio nessa..hihihihi...Olha, o meu amor por ali! Caro, anda cá e tráz o músculo.
- Já vou, já vou, deixa-o acabar de brincar com a glândula!
- Ai este meu amor! Só gosta é de Santos Populares e Fogo de Artifício! Sardinhas e Vinho Verde é que ele arriba! E Bota!
- Que dizes meu amor?! Já lá vou, já lá vou...
- Ai, ai, tão burrinho que ele é...

(eu vi uma mariposa por aqui...hhmmm...será de confiança?...)

domingo, junho 12, 2005

Errar serpentes. Errar notas.
Errar acções. Errar venenos.
Errar tratamentos. Errar picadas.
Errar venenosas e errar temperaturas
Errar desejos e errar o sexo
Errar contracção. Errar a glândula.
Errar e engolir. Errar.
Errar a água. Errar o líquido.
Errar o pecado. Sim, errar o pecado.
Errar passagens bíblicas e errar conhecimentos científicos.
Errar e preverter.
Errar e emanar calor.

sexta-feira, junho 10, 2005

O Eden



Achei que o blog estava a precisar de uma imagem...

quinta-feira, junho 09, 2005

Eva sentiu-me frustada.
Pudera majestoso pecado ter acontecido 10000mil anos atrás.
Hoje o jornal grita, vomita-me, apela-me, seduz-me, a ter, ter, ter, alcançar, ter, ter, ter, tê-la
Tê-la atada na cama proferindo o acto de contração divina.

Estamos todos perdidos numa masturbação de desejo obsessivo
Serpente grita:

- Vais morrer sozinha, sozinha! Ou acompanhada sempre a sofrer, a sofrer por ele, por ele!
- Leva-me em gravinhas ao sumo de baco,

Serpente profere o seu acto final de alquimia:
- Secare religio est
- Vita brevis
- Servit naufragium, servit naufragium

Eram sete. Sete pecados corporais.
Perdido, desejosa, deslumbrado, seduzida, encantador, tímida, sedenta.. gordo
(Aquele que narra)

Descubram-se! Gritava a serpente. Descubram-se em gritos de dor e prazer!
Tss tss

quarta-feira, junho 08, 2005

"É estúpido, mas faz muito mais tempo que nós nunca existimos do que o passamos a existir."

É verdade, assim tu o dizias. Já nem me lembrava disso! Até no jornal posso constatar tal.
A natureza não tem qualquer tipo de ética e quando inventou a vida devia estar embriegada. E eu faço um esforço enorme para ser abstémio. Excepto de sexo é claro, mas esse não o tenho. A não ser que o pague. Mas não é coisa que me ocorra fazer. Considero-o profundamente sagrado.
Mas não vou aqui falar de sexo. Já me bastou bastante disso com Adélia, anteontem.
Mas repito, ao ler jornal é mesmo notícia a volatibilidade da vida.

Acto de constrição 3 - O jornal

O magazine anuncia: "Adélia morre nos pímcaros dum acorde sexual" "Pardelas amarelas já proliferam como loucas na ilha dos berlindes" "Governo anuncia nova taxa sobre o ar respidado" "Movimento libertário reivindica os direitos ao amor pleno" "Mudanças climáticas causaram queda de um gaio duma árvore" "Jovem safou-se por pouco de overdose de preocupaçoes da vida" "Cientistas provam que a morte é um acto de contrição internitente" "Banda americana IP acabou de inventar um hino cáustico ao amor"

Que mundo é este!
Será que é dos meus sonhos fazer os teus?
Responsabilidade?
A natureza não é assim. As mariposas já reencarnam semana a semana desde há milhares de anos.
Céus! Devem ser mesmo sábias!

Acto de constrição 4 - Alguém explicou a vida através da observação do canto das tartarugas

Caramba. A humanidade ainda está presa às pás daquele moinho que alguém inventou.
Seria Deus? Penso que foi alguém no renascimento. Mas eu já deixei-me disso. (E nenhum de nós é insensato o suficiente para achar que a vida é completamente explicada)
A vida tem magia e tem beleza. Tem momentos de surrealidade e momentos de rotina. Tem organização e caos. Tem sonho e esperança. E tem concretizaçao de sonhos.
E é nos sonhos que Adélia encontrava o frenético desejo realizado, que Vanessa era amada (mesmo que em fantasias de café), e que Frutos escrevia as mil e três cartas aos seus amores nas várias cidades portuguesas. Três porque eram três amores (e as outras mil foram queimadas)

Acto de constrição 5 - Metafísicas dos des-costumes, diário de uma prostituta (que é basicamente aquilo que sou)

É tudo como o espelho que regia o portal vida-morte-vida da vida.
É mesmo estúpido, mas faz muito mais tempo que nós nunca existimos do que o passamos a existir. Eram onze, os amores do meu melhor amigo. Tentava aprender com ele.
(estás sozinha nesta vida! estás sozinha nesta vida!´estás sozinha nesta vida" Ahah! estás sozinha nesta vida! vais morrer velha e solitária! Ahah!)

Céus. Já constatei mesmo que é tarde. Já estou disposto a tudo.

Constrição 12. Libertas est in vitam brevis amor religio secare
(não te esqueças de usar o ...)

ADORO A MANEIRA COMO TE VESTES. SE ASSIM NAO FOSSE ESTARIAMOS A SUBSCREVER ACTOS DE AMOR.

SOU AGIL COMO UM LEOPARDO. NUM DOS TEUS SONHOS ENCONTRARAS UM A FAZER JARDINAGEM ENQUANTO ELE PÁRA PA TE OLHAR E AI, NO TEMPO IDEAL BEIJA-TE E TRANSPORTA-TE PARA O PARAISO QUE ESTÁ NA MINHA INCIATIVA.

Adoro subscrever a tua passividade
Adoro subscrever a tua passividade
Se te sentes frustada, entao mexe-te!
Se te sentes frustada, entao mexe-te!

(fim das merdas)

*Porque és bem capaz de encontrar a felicidade um dia destes. Perdida por aí encostada a um canto*

Regresso ao Jardim do Éden.....

Naquela igreja...e naquele momento o Senhor foi generoso...... Não sei como nem porquê avistou as extensas veredas de árvores que agitavam com o ondular do vento! No centro a visão magnífica.... ela somente ela, rodeada pelo o poder, a tentação, a sabedoria.... a Árvore da Vida e a Árvore do Conhecimento do Bem e do Mal!!

No entanto, esta Passagem bíblica ele já conhecia.....

Ela , a morena, vagueava de um lado para o outro mantendo-se afastada, pois agora já o via. O desinteresse a indiferença por ele estava patente no seu rosto. Foi então que um encontro fortuito mudou aquele momento para sempre..........

A serpente era alegre, simpática, interessante, culta, tinha sempre a barba feita e conhecia muitas coisas. Falou-lhe de terras e mundos distantes, falou-lhe do Sol e da Lua, do dia e da noite, e Ela, encantada pelas inúmeras palavras, foi invadida pela a doce subjectividade do tempo. Ao anoitecer, estava completamente enfeitiçada. A serpente continuou...

_ " Liberta-te come-o....Saboreia o poder do conhecimento eterno! Vive-o, leva-me no teu teu ventre..."

E naquele instante... a luz e a escuridão, o bem e o mal, o céu e terra, ele e ela entraram na dança pagã que culminou na viva orgia!!

O generoso Deus tornou possível aquele momento, mas a expulsão estava iminente.

Foi então que... Deus disse:

_" Pobre homem o que fizeste! Sentiste-o pelo menos... "

- "Senhor desculpa, tu que criaste este paraíso do qual me deixas-te entrar... mesmo já conhecendo a história não consegui evitar tamanha ousadia..., sim Senhor senti!"

Do acto aproveitado brutou o castigo....

-"Com ela Regressarás e sete sementes germinarás!!!".

Acordou com o choro... Era o fim.... O triste e derradeiro adeus! Os corpos finalmente foram devolvidos à terra...

Já mais calmo abandonou a igreja.

Em frente à casa, seis personagens: O Porno, o Músculo, a Glândula, a Mestástase, a Contracção e o Espasmo. Entrou..lá dentro Ela e o enorme vulto do ventre...

"Pús a mão lá dentro e descobri qual a nova semente.... o Mistério!!"

Depois o Incesto.....


terça-feira, junho 07, 2005

Recosto-me. HHMMMM...Que bom...Um bom que não se diz, como a erva freca no chão.

Depois, sempre depois. Depois do vai-vem. Depois dos rios de que correm sem parar, depois do suor, dos arepios, dos beijos e abraços. Depois. Acordas-me do sonho. Parece que chamei por ti, sem te chamar. Devo ter chegado até ti em sonhos, mesmo.

Pro quê? Só Gaio sabe. O Padre desconfia. Deus não faz a mínima ideia. Ah, que saudades daquela esplanada nudista! A suave meia de leite e os corpos forrados pela luz quente do sol!

Não me sei dizer.

A Adélia não queria ser censurada, a Vanessa amada e a Branca de Neve fodida!

Hoje o Gaio não queria ser tocado…No entanto dizia:

- " Quero apenas que me olhes bem directo nos meus olhos. Quero esse teu olhar profundo vindo das tuas entranhas. Quero ver nos teus olhos aquilo que desejas mas que escondes nas palavras que profanas….

As palavras já foram ditas tantas vezes que estão gastas. As tuas mãos eu já conheço, o teu corpo os teus órgãosjá não são estranhos. Sei de cor cada um dos gestos repetidos, o pleno acto a meticulosa evolução cancerígena ! O erguer , o ajoelhar são e foram agradáveis. Tocam o corpo, despertam sensações, desejos.

O Padre dizia à Branca de Neve:

- Também já conheço o teu corpo. É sedoso, sensual, torneado, quente e acolhedor…

Mas a Vanessa queria mais! Queria satisfazer alma, logo retorquiu:

- "Quero as emoções que reprimes e escondes dentro de ti Gaio, como se ninguém tivesse o direito de aí penetrar. Eu quero ser penetrada nos sonhos, na alma no sexo".


Talvez tenha razões para esconder Padre! A branca de Neve quer todas viver novas emoções.

A Adélia sedenta do eterno acto, quer participar na orgia . O corpos explodirão então em fragmentos no enorme espaço, as particulas moviam-se e já não era sequer preciso o PIN ou o PUK para aceder a esta dança edesial, a luz invadiu o beco e por fim o liquído, o sugar das gotas desse elixir que alimenta.

A Adélia não se sentia censurada, a Vanessa amada e a Branca de Neve fodida ambas partilhavam o mesmo sentimento estavam saciadas….

quinta-feira, junho 02, 2005

Sinto-me deprimida, dizia-me Adélia.
Pudera eu ter estado mais presente naquela omniciente explosão de fibrilhas contráctis ao sabor de suculentos rios de saliva, esperma e suor humano. A cor amarelada da água ainda manchava a tua reputação. Souberas tu seres *alguém* nesta vida?

- Que horas são? Tenho de ir.
Dizia Adélia.

(O tempo não passa, o tempo não passam o tempo não passa, o tempo não passa)

Eu não estava contente.
Não tivera ninguém com quem andar naquele dia. Não tivera ninguém. Tonto o ser que tento não ser. Pudera eu ser tontura de ser. Infelizmente sou tolo tonto.
Só só só.
Gaio reconfortavelmente ria-se do meu displicente desabafo. (Ainda que o sexo tivesses funcionado como um abafo à nossa miseribelidade)

Eu continuava a votar sim por cavalos brancos. Não por outras coisas demais.
Não é a crista do unicórnio que escorre água a coisa mais bela do mundo?
Não me venhas tu dizer que não gostaste de ver a TUA membrana quebrada!!
Tu bem o sabes. Não queres é admitir. Estou profundamente aborrecido pelo teu jogo estúpido. É enervantemente irresistível. No mínimo. Mas não tens qualquer tipo de ética.

G sempre foi o acorde do nosso jogo sexual.

quarta-feira, junho 01, 2005

"Perdidos pelo corredor nauseabundo sedentos de nudez,pernas, braços, mãos, sorrisos, sussurros...

O início tinha começado...Movimentos de CorposTranspirados...Suor...Lágrimas talvez...Sangue não. O movimento, o movimento. Só existia o movimento. Recúos e avanços...para atingir o climax.

" Já a Adélia, inimiga minha de longa data, sussurrou-me: "As amigas já não são o que eram. Não há ser mais só que a mulher, que compreende toda a máquina universalde criação e morte, e no entanto despreza o próprioconhecimento e a amizade feminina. Só confio em ti,meu amigo."

Caminhava-se para o climax. "O mais potente músculo.... , a lingua percorria o corpo, e o ondular dos corpos tornara-se intenso!! Um vai e vem de ritmos um atrás de outro conduziam o imenso afuxo de sangue ao principal orgão da cabeça.

Estava perto.... o não e o querer vir!

Uh! Ai. Ai. Ai. Ui! Ah! Uuuu! O relaxamento de milhares e milhares de fibrilhas, sarcómeros e músculos. Enfim, o sangue!!!!!!

" Adélia sentia-se censurada. Amada. Suada. Fodida. Estranha"

Saímos da floresta em direcção ao lago. Esquecemos acasa com o corredor nauseabundo, os corpos suados.... o pote de ferro, as árvores. O rio cá fora corria cortando a mata, tomámos um banho refrescante.

Por fim um lavar de almas. Voamos, do outro lado as mesmas pessoas, os mesmos olhares a agonizante vida!

segunda-feira, maio 30, 2005

Entretanto deti-me na reminiscência daquele momento inopurtuno.
Limpava-me, lavava-me, limava-me e ela ali.
Finalmente na vida me tinha cansado dos nauseabuntos caleidoscópios do amor. Formas estranhas e a variadas, de mil e duas cores metaredondantes. Devia ser do nervoso, dizia eu.

Cheirava-me a apetite no ar. As sinapses já me saltitavam de alegria que chamava um tão desejava desejo a botão de flor. Devia ser da idade, dizia.

Toda a orgânica dela se orientava gracesosamente para mim. Sobeja como branca de neve e delicada em toda sua beleza que só ela sabia dar.
Eu refinava o juízo. Não pudia saltar logo!

Avançava um pouco e verificara que nos meus devaneios ainda permaneciam no mesmo minuto de sempre. Ainda não lhe tinha tocado. Ela ainda não se tinha seduzido.
Era um silêncio terrível de palavras.
Porquê o meu desejo teimara em não se emiscir com o dela?
Sedenta de frustação. Ela e eu. Ambos sedentos de nudez.

Era ali, dizia eu dizia ela.
Era ali.

sexta-feira, maio 27, 2005

Billy rodopia e entorna o licor.
Embriegado seduz o voo do líquido que quisera ir até à boca mas não se chegou a misturar bem.
Vanessa pedera o tino e partira o vidro de aromas mil-faces. Não soubera quem jurava escolher desensarilhar uma escolha falsa.
Gaio beija os cabelos que ondulam como passáros pretos e tontos que voam como concordes cintilantes e pirilampos apagados. Estava triste o insecto transformado.
E eu comtemplara o tigre que habitara ali ao meu lado, rugindo como um sírio caranguejo que anda retitentemente tentando seduzir as reticências do amor.
"Ninguém é tolo demais para admitir que sabe a verdade"
Será que eles me escutem? Digo eu bem baixinho.
Será que Gaio vai cair do galho para uma outra realidade paralela? Murmuram os meus botões.
O botão de rosa desejado a Frutos. Botão de qual amor perfeito perdido num número de telemóvel. O símbolo dela pupula de fogo.

Há uma espera. Frutos descasca-se em êxtase suculento.
Um círculo que se perde e no entanto eterno. Paz.

quarta-feira, maio 25, 2005

Jogos de café.
São sempre o mesmo
Vou até ele mas ele não me reconhece. Reconhecimento negado, bloqueado e negado desbloqueado no surto do momento.

(Pausa longa)
(Helicópteros passeam no céu da citadela cálida)

Amamento o momento. Espero por mais um olhar que trocamos mas ela não me reconhece.
Suscita-me o pronúncio que ainda não sei falar. Impulsos, devaneios, requintes e jogos.
Acima de tudo, jogos.

- Podias-me passar aquele copo se faz favor
- Sim, com todo o gosto
- Obrigado. E como tens andado tu?
- Bem, não sabia que eras a minha amora.
- Oh...

Penso e desisto. Logo coexisto. Cogito e regurgito as palavras que te quero dizer, branca.
Filosofias como pedaços de bife
É horrorosa a espera, digo eu para os meus cordeis desapertados
O cabelo esgadalhado pasma-se.
Ela passou e nem sequer me veio cumprimentar
Com um beijo claro. (Porque troca de palavras não é aquilo que me interessa)

- Desculpa. O meu nome é... algoavermelhadoesululentoqualfrutocomonomemaisparecidocomamaiorcoisadomundo:oamor
- Ah... E tens andado lá pelos lados das oito fontes?
- Sim. Tenho saudades de cairmos juntos no fresco aroma da terra fértil. Digo eu com um desejo a beijo hiperbólico.

Vanessa ainda me acena. - Estás bem? Estás bem Frutos?
Sim, ainda me lembro das oito fontes. Eram belas e uma fada negra cumprimentava-me com a mais louca experiência de amor que tive.

Não vou a lado nenhum, diz-me ela, não vou a lado nenhum.
- Não vamos?
- Cairmos de um trapézio amoroso? Não sei se estou preparada!
Billy acordou comigo que não lhe ia deslizar sete cotovelos acima da minha loucura que já trago em mim latente. Seria um bico de obra, não é, Gaio?

- Cobiçocobiçocobiçocobiço, como um show rijo. Diz Gaio
- Rijocomooriscoqueseiquenaoexisterijocomoomariscoquecominocorriscodosdias

Raios me partam a descomunal coluna do adamastor. Queima a arco e flecha épico cada uma destas esplanadas da cidade. É um bico de obra! Ainda por cima com ela aqui.
Pensas que é fácil dançar um tango nas palavras? Olhei-te mas já tinhas partido...

terça-feira, maio 17, 2005

Citadela árabe
Chuva cai como flocos perdidos sem saber o rumo da coragem pois não te conseguia pedir nada.
Ousara o ritual ser o que as *moedas de doze cêntimos* pudessem ditar. O cabelo dela dançava ao som de uma melodia de um tempo perpétuo e imóvel de Einsturzende Neubaten. Imóvel e movendo-se languidamente na esplanada onde o sol, desconfiado, não quisera ter brilhado.
Rebenta-me os tímpanos, querida, rebenta-me os tímpanos. Afaga-me com esse teu sabor pesado que só tu trazes quente e embriegadamente sonoro.
A vapor, rápido e a vapor, veloz, vem-se, no momento, vem-se, e enegrecido pela tua alma gótica, pintada, e distiladamente dourada derreto o esperma cálido em teu sagrado furor.

Quatro da tarde. Céu nublado, escuro. O empregado embriegara-se de ilusão ao ter esfregado os olhos deste seu profundo sonho. Vanessa e Billy continuavam a falar. A branca de neve fora uma visão fugaz que lhe irrompera da mente.

(Destruo todos os meus sonhos. Cores enroladas afundam-se)
Uso? Uso? Ou deixo estar assim?

sábado, maio 14, 2005

E entretanto na citadela árabe admirara as sublimes e altivas elevações brancas e amarelo douradas salientando-se acima das sete colinas.
O Padre perdera-se nos devaneios da Ciência e, ganhando coragem, ingressara num ritual de alquímia. Deus quisera provar o seu caldo, mas deixou a chuva melancólica cair para um outro dia.
Os dias da citadela eram assim mesmo, uma verdadeira caixa de pândora com inúmeras surpresas a espreitar ao virar da esquina. E eu vinha mesmo convidar-te para irmos lá...

Ora Gaio, o PapaGaio, cagava muito para as pessoas que passavam na esplanada. Não gostava delas, pronto! Que se há-de fazer? O melhor é uma pessoa habituar-se... Vanessa e Billy entretinham-se entretanto. Contavam quantas moedas de 135 cêntimos teriam. Descobriram que Vanessa ganhava: tinha duas. Billy só tinha meia. A Gaio faltava-lhe uma. A vida rolava à mesma, entretanto.

Roda que roda e lá vem o Padre. Ao encontrá-los naquele estado de nudez sorriu. Estava satisfeito. Não parou, não cruzou as pernas, nem sorveu a meia de leite. Gaio cagou para ele e depois lá foi o Padre à sua vida, eclesiástica, deus queira.

deus é que não apareceu naquele dia. Estava um dia morno e ele não gostava lá muito de dias mornos. Com ele ou era ventos fortes ou grandes tempestades. Dias mornos é que não, deus me livre!

Enfim, já esperados, um diálogo ocorre naquele morno dia:

Billy: Meu deus, que dia morno!...
Vanessa: Pois é...
Gaio: Oh!

O Mundo rodou um pouco mais depressa naquele instante, aquecido por aquela vibrante energia que os nossos 3 COMPANHEIROS, sem quase tentar, conseguiram produzir em 7 simples e belas palavras e uma singela interjeição: Oh.

segunda-feira, maio 09, 2005

A banda tocava
Era tempo e agora já não o sei se é. Entretanto o sujeito mudou. Sou volátil como a chuva e o sol. Ou como a neve. Mas como dizia o sujeito é outrém
Agora é bela e de olhos irrisdescentes. Azuis, ou de verde opála.
Sim ela traz uma opála no peito que é fértil.
Mas é dificil...

Entretanto, questiono o auguro.
Será que as nossas vidas estão cruzadas?
Eu compreendo a amargura de neve, os numeros de telemoveis trocados e algo que ruge por surgir. Ou urge.
Compreendo e compartilho esse sentimento, amigo.

Na emergência da noite... quando a lua levitar... atrás do santuário... no recinto
Talvez os olhos possam brilhar ainda mais

sexta-feira, maio 06, 2005

Mas não penso que seja só no acordar da manhã que reside a resina pistelenta que nos cola à cama e traz aquela familiar amargura.
Também no momento da concepção em que imortalmente nos memorizamos nesta vida, também nesse ponto a obsessão ilícita de chorar, o meu fiel desespero emocional grita também laivos de ardor por algo que nunca viria a acontecer em 23 anos de existência.
É uma chapa que arranha fisiológicamente cada momento que não vi a tua pálida tez.
E os teus cabelos aparados à la Amélie Poulin. Pois és, fiel, arragada ao três dois sete que nunca ousei beijar.
Se ousada e prosaicamente assim vieres, o meu músculo cardíaco dispará a 1500 milhas por segundo... ainda me recordo do que ontem brilhavas, branca de neve

- Estranho?! - disse ele - Estranho é ser e não ser ao mesmo tempo! É acordar de manhã e não saber se sonhei ou sonho agora, se é isto a realidade ou ficção, se me sinto mais agora ou quando dormia.

Acordar doi um pouco.

Ela boceja e espreguiça.